sexta-feira, 30 de setembro de 2011

C. R. Vasco da Gama contra o racismo

O Vasco da Gama tem uma das mais belas história do futebol brasileiro e certamente do futebol Mundial junto com o time de futebol o Dinamo de Kiev da Ucrania que resistiu ao Nazismo. Certamente o maior marco da integração racial no futebol no Brasil devemos ao Clube de Regatas Vasco da Gama, que fundado pela colonia portuguesa do Rio  de Janeiro em 1898 para celebrar os 400 anos das navegações maritimas do navegador português Vasco da Gama, a qual o Brasil é resultado dos grandes momentos do transportes no mundo primeiro na navegação portuguesa, depois com o surgimento das ferrovias e fomos blindados com nascimento de Alberto Santos Dumont inventor e pai da aviação, desde o inicio já no inicio do século em 1905 o Vasco da Gama, quando ainda era clube de regatas aceitava mulatos e negro inclusive tendo eleito um mulato presidente do clube e quando entra para participar do futebol após se fundir com o Lusitano Futebol Clube passou aceitar jogadores negros, mulatos, pobres e operarios.

A história do Vasco da  Gama é unica pois alem da sua luta contra o racismo,  aceitar os operários e construir seu estadio  com a contribuição de seus tordedores que foi o primeiro estadio brasileiro com iluminação noturna e o primeiro jogo noturno  em 1929, e neste ano o Vasco conquistou os campeonatos no remo e no futebol, tornando-se "Campeão de Terra e Mar".

 Era em seu estádio que  Getulio Vargas ia fazer seus discursos. Era para ter recebido Pelé como jogador que jogou uma partida com sua camisa, foi onde Pelé dono da camisa 10  um grande jogador negro marcou seu 1000º gol com a camisa branca do alvinegro santos F.C. onde a torcida do próprio Vasco da Gama gritava  que ele fizese o gol ainda em cima de um excelente goleiro o Andrada que era argentino e que não queria tomar o gol e anos depois teve a honra de ver o atacante Romário  fazer o seu 1000º com a camisa 11 do Vasco .

No livro, O  futebol explica o Brasil – uma história da maior expressão popular do país de Marcos Guterman :

O caso do Vasco é, nesse aspecto, paradigmático. Fundado como um clube de remo em 1898, fundiu-se com o Lusitânia, um time formado apenas por portugueses, em 1915. Desde 1904, no entanto, o clube já mostrava uma face moderna e desafiadora teve o primeiro presidente negro da história das agremiações cariocas, Cândido José de Araújo. Levando-o em conta que os clubes da então capital brasileira tinham sotaque inglês e pele clara, era um feito e tanto. A vocação revolucionaria do Vasco não parou aí, porém.

Em 1922, o clube ganhou o direito de disputar o campeonato da primeira divisão do ano seguinte. Com um time formado em sua maioria por negros e operários, destoava dos adversarios elitistas que enfretaria Flamengo e fFluminense, sobretudo.

Destoava também por outros motivos: o técnico vascaíno era o uruguaio Ramón Platero, que exigia de seus comandados uma maratona de treinos que não era comum nos demais times; graças aos esforços da comunidade portuguesa, os jogadopres se alimentavam bem e tinham descanso nas dependência do clube, adquirindo preparo físico melhor que o dos adversários; finalmente, os jogadores eram atraidos ao clube com a promessa de remuneração por vitória – ás vezes dinheiro, ás vezes em troca de animais ( razão pela qual a prática viria ser conhecido como “bicho”, hoje comum no futebol).

Como resultado dessa combinação, o Vasco venceu o campeonato de 1923, uma data histórica para o futebol brasileiro, porque mostrou que um time de negros e trabalhadores, se bem treinados e remunerados, podia desbancar os clubes de estudantes ricos do futebol brasileiro. O Vasco ainda sofreria, nos anos seguintes, com as normas do futebol que impediam a profissionalização dos jogadores e a participação de atletas negros  e analfabetos. Mas venceu as resistência, e seu sucesso – que inclui a construção, em 1927, do estádio de São Januário, então o maior do país, com dinheiro arrecadado entre torcedores de toda a cidade – dá a dimensão das transformações profundas pelas quais passava o futebol. Como disse ( jornalista) Mario Filho ( irmão do escritor Nelson Rodrigues ) :

Desapareceu a vantangem de ser de boa família, de ser estudante, de ser branco. O rapaz de boa família, o estudante, o branco, tinha de competir, em igualdade de condições, com o pé-rapado, quase analfabeto, o mulato e  o preto para ver quem jogava melhor. Era uma verdadeira revolução que se operava no futebol brasileiro.”

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